terça-feira, 3 de setembro de 2013

Those feelings 2

As vezes me pergunto o por quê de ter essa família, esse corpo, essas atitudes. Sou assim por que minhas experiencias de vida me deixaram assim, ou eu já era assim antes e apenas consigo expressar isso? O que sou eu? Por muito tempo eu quis ser outra pessoa, mas só consigo ser eu mesmo. Com toda a força que existe em mim, eu só consigo ser eu mesmo. Ultimamente eu tenho perdido algumas virtudes que eu procurei cultivar durante minha infância. Paciência, não violência, amor. O amor foi a primeira virtude que perdi e com isso perdi todo o resto. Na verdade não perdi. Eu não consegui lidar com a separação e então selei esse amor para que eu não sentisse dor. A pior merda que fiz. Finjo querer algo do mundo para que eu possa me encaixar na sociedade, mas mesmo querendo muita coisa, eu só quero ser deixado em paz. As relações sociais são, para mim, pura e simplesmente relações de interesses mútuos. Não que haja algo errado com isso, mas querer que as pessoas se gostem, eu acho um pouco demais. Desde pequeno tenho a tendência de me perguntar se eu sei o que é sentir algo. Quando me coloco a pensar sobre algumas emoções, as vezes parece que não tenho memória de experiência. Por exemplo, quando penso em gostar de alguém. Eu tenho a memória da imagem, mas não a memória afetiva. O mesmo ocorre quando eu penso em algum alimento. Eu sei que gosto, mas não tenho essa memória afetiva. Isso, talvez, esteja relacionado a como me relaciono. Eu gosto da pessoa, mas quero ela a uma distância. Ainda não cheguei a compreender o que é estar junto de alguém. Se são ações, eu consigo fazer, mas se é sentir...... parece que não compreendi ainda. As pessoas que eu me relaciono (amigos, parentes, outras pessoas) são apenas pessoas. Não consigo sentir um carinho para a maioria. Não que eu sinta ódio ou coisa parecida. Simplesmente não sinto nada. Essa pessoa existe ali. E isso me basta. Acho que já está bom por hoje. Um abraço. Tchau!!! :)

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