segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Quando a tranquilidade é perene...

Olá amigos.

Me espanta a quantidade de pessoas que não possuem tranquilidade em suas vidas.
Vejo que sempre estão em busca de algo que as preencha e que nunca é encontrada.

Eu me encontro nesse meio.

Porém estou me mudando. Estou me tornando mais mutável do que jamais fui.
Vario entre calma extrema e agitação extrema. Isso é muito bom.
Uma corda deve chegar aos seus máximos e mínimos antes de se tornar perene.

Ecoarei dentro de mim até que encontre o silêncio.
Subirei e descerei até que finalmente fique no meio de tudo e ali permaneça.

O meio não é a morte, mas a eterna condição. Aquela que fará que o ser humano evolua sem olhar para as dificuldades e vantagens.

Quero ser 50-50. Quero seguir o caminho do meio.
E assim, finalmente, transcender...

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Quem me arrancou o sorriso?


Quando você sorri muito, muitas pessoas tendem a ficar incomodadas:
"Qual o motivo de tanta alegria?" - elas perguntam.
"Se sorri tanto deve estar escondendo algo." - elas pensam.
Porém meu sorriso é sincero e muitas vezes serve para esconder a tristeza que me abate.

Quando penso que estou finalmente pronto para sorrir mais, a lágrima volta a verter.
Quando acham que você já sorriu o bastante, o único desejo das pessoas é de passar sua escuridão.
Soltam palavras de pavor e repressão, mas veem que continuo sorrindo.

E com isso, me atingem nos poucos lugares que eu não tenho chance de fazer algo.
Porém algo acontece. Eu sorrio ainda mais. Um sorriso trêmulo, porém agitado.
Um pulo e um coração doído. Um abraço e uma frase...

"Vou na frente."

Depois de muito me afastar e deliberar, sinto que é a hora.
Puxo o fio de meu sorriso e vejo que minha máscara está encharcada.
Minha alma está derretendo. Meus olhos nadam em lagos de água salgada.

Não. Puxo outro fio e mostro minha face. Uma calma. Um rosto de beleza inigualável.
Um senhor de si e um ser incomum. Sorrio enquanto olho as mascaras no chão.
São desnecessárias para mim, mas para as pessoas perturbadas desde chão, estas são pedras valiosas.

Quem vai arrancar meu sorriso? Quem se atreverá a me dar o golpe fatal?

Quem eu sou?

Ao pensar bem sobre mim, descubro que nada sei sobre as coisas.
Meu futuro e meu passado se misturam, como um recheio desgostoso de algo que chamo vida.
Como posso chegar a conclusão de quem sou?

Muitas vezes me pergunto em como as pessoas tem tanta certeza de alguma coisa...
Torno-me um insulto em mim mesmo quando digo que eu não encontrei nenhuma resposta definitiva.
Apenas encontrei mais dúvidas acerca da minha persona.

Muitos dizem conhecer a deus ou a deuses. Dizem terem visto este ou aquele ser.
Fico pensando em como as pessoas estão tão certas de si. Será que sou eu o maluco?
Como elas podem conhecer a um ser invisível, se elas não conhecem a pessoa que senta ao seu lado?

Estudando algumas filosofias, pus me que eu não poderei dar resposta definitiva de coisa alguma.
Não até eu descobrir quem sou. Eu sou a fonte da interpretação de meu próprio mundo.
Se eu não me conheço, como posso conhecer a outrem?

Sorrio um sorriso desdentado e sinto o vento passar em meus cabelos ainda não nascidos.
Olho para cada coisa que se passa vendo que tudo é interessante. Meu cérebro dói com tanto estímulo.
Uma lágrima verte. Duas. Várias...

Sou o ser mais infeliz que pode existir. Hoje que tenho onde comer e onde dormir, ponho-me a pensar.
Entristeço-me pois vi que a fome e a moradia são problemas básicos, mas o maior problema está dentro.
Eu sou o maior mistério da humanidade. A pergunta mais importante da história é: QUEM SOU EU?

Quem é você, sem sua profissão, estudo e hobbys? Quem é você? Quem eu sou?
Espero que um dia todos saibamos. E o novo mundo fará sentido para nós.

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Lições de vida incríveis.

Como é fácil desestimular uma pessoa a não seguir o sonho de vida dela...



Olá amigos.

Nos últimos dias vim conversando com Sérgio sobre o rumo da vida dele.
Ele passou mais de um ano efetivamente desempregado. Nós conversávamos sobre isso e algumas vezes brigávamos, seja por ter ideias diferentes da coisa, ou por não compreensão (da minha parte) do que ele estava passando.

Na última semana ele recebeu uma proposta de emprego na empresa Atacadão, que contava com vários benefícios. Isso me deixou feliz, pois vi que ia ajudá-lo nas despesas da casa dele, visto que o dinheiro dele estava acabando.
Foi quando uma outra possibilidade que estava adormecida acorda e se mostra muito forte:

A possibilidade de trabalhar no Carnaval Carioca... perene sonho de Sérgio.

Na sexta feira (12/09), estive com ele. E ele me veio com esse dilema: Emprego formal ou sonho informal?

Acabou que EU entrei em confusão. Em um ano (quase) que nos conhecemos, nunca pedi conselhos à ele, visando sempre resolver as coisas sozinho. Aquela de "problema meu, resolução minha". Mas estava ele ali, me olhando e pedindo por ajuda em uma decisão que poderia mudar a vida dele. Literalmente.

Eu sempre digo às pessoas que sigam o sonho e que o façam virar realidade. Não importa as coisas que sejam ditas. O sonho sempre é mais importante.

E ali estava eu, dividido entre o sonho dele e as vantagens ilusórias de uma empresa grande. E ele me implorava uma ajuda, uma resposta.

Não consegui respondê-lo, porém o coloquei mais confuso ainda quando disse a ele eu sempre optei pelo sonho. Porém nunca estive na situação dele. Sozinho (em parte), quase sem dinheiro e necessitando sobreviver... É muito fácil seguir um sonho com milhares de dinheiros no bolso.
Mas será que temos coragem de fazê-lo quando não temos mais nada a perder senão nossas vidas?

No dia seguinte, fui à praia com ele e nosso amigo Rafael. Aproveitamos o lindo dia que fazia, a límpida, porém revolta água que tínhamos à nossa disposição e o nosso mais que bom humor que jorrávamos a cada minuto.

Enquanto estávamos deitados ao sol, ouviu-se um toque de celular. Mauro ligava para Rafael. Mauro é o menino que trabalha com o Carnaval na confecção de fantasias. E queria falar com o Sérgio.

Nesse momento meu coração quase parou. A respiração ficou presa e não queria sair. Forcei-me a andar até a água e deixar que ela me batesse um pouco. Fria que estava, voltei rápido para perto do pessoal. Ainda falavam ao telefone. Mauro explicara tudo. Era o suficiente para Sérgio.

Ao desligar o telefone sorriu. Um sorriso estranho, tanto que demorei para identificar o sentimento por trás. Era alegria e medo misturados. Era um passo muito grande que havia dado. Mas estava ali, vivo e consciente de sua escolha.

Uma pergunta saiu da minha boca: E aí?
Como se estivesse hipnotizado por alguns momentos, ele diz os pontos mais importantes de sua conversa com Mauro. Porém senti ainda a dúvida em sua voz. Mesmo decidido, sua mente preocupada não o deixava sentir-se totalmente bem. E foi assim por aquele restinho de dia.

Despedí-me e com minhas coisas entrei no ônibus, começando minha viagem para casa.
Enquanto o tempo me era ocioso fisicamente, meu cérebro e eu começamos um trabalho de interpretar o que acontecera e o quão forte Sérgio fora e é.

Percebi que minhas palavras poderiam tê-lo levado à ruína. Se eu estivesse completamente ligado à essa sociedade imbecil e suas amarras econômicas, eu teria matado o Sérgio que conheço, além de ter ido contra eu mesmo, criando em mim um profundo arrependimento.

Como é fácil desestimular uma pessoa a não seguir o sonho de vida dela...

Porém esse foi um desafio para mim e muito mais para Sérgio. Como eu poderia me contrariar em algo tão absoluto? Como eu poderia simplesmente desprezar o sonho que a tanto tempo desejara?
Minha jornada pelo novo mundo começou nesse dia. E levei para mim o maior ensinamento: O maior risco é não arriscar.

Obrigado.

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Achômetro | iPhone 6

Olá, amigos
Estava fuçando na internet em busca de coisas interessantes e descobri que saiu a divulgação do tão esperado iPhone 6.
Normalmente eu nunca dou nada por esse celular, talvez por que eu nunca tive um, maaaas.

Estive vendo a apresentação do iOS 8 e ainda esse vídeo abaixo sobre o próprio iPhone e posso dizer que achei muito foda.

Vou colocar aqui e deixar que vocês se deliciem!




Você sabe o que significa "crise" econômica?

Olá, amigos.

Hoje vou falar sobre a tal crise econômica que o mundo está "sofrendo".

Uma aulinha sobre crises.

O que causa uma crise?
Uma crise econômica é causada pela diminuição de compra/venda de produtos. Quando uma economia está aquecida, é quando um país produz e vende os produtos, gerando riqueza.
Após a primeira guerra mundial, a Europa estava vivendo um problema na economia dela, com devastações e falta de suprimentos. Os EUA tomaram as rédeas na produção mundial e na exportação, sendo a principal fonte de compra de produtos.
Havia emprego, os preços caíam, a agricultura produzia muito e o consumo era incentivado pela expansão do crédito e pelo parcelamento do pagamento de mercadorias. Quando a economia da Europa começou a melhorar, as importações começaram a diminuir. Essa diminuição gradual criou lentamente a crise de 1929.

Algo parecido com o que está acontecendo agora?

Desde 2008, o mundo tem vivido "A grande recessão". Essa recessão é simplesmente a quebra de um banco tradicional nos EUA chamado de Lehman Brothers, fundado em 1850.
Houve um processo de sub-prime, que é dar créditos a pessoas que não podem arcar com a despesa e neste caso, ficam inadimplente.

OU SEJA, CRÉDITO PARA TODOS.

Aconteceu muita merda... Os bancos emprestam para pessoas que não tem como pagar, criando inadimplência (Não pagamento) e insolvência (Dívida maior que a renda). Para os bancos não perderem dinheiro, criaram títulos negociáveis no Mercado Financeiro Internacional, porém não se tinha um produto. Era uma dívida que se negociava.

Tanto foi a coisa que acabou o dinheiro que se tinha nos bancos para os correntistas sacarem gerando desconfiança no sistema financeiro, afinal de contas, onde está o dinheiro que foi depositado lá?

Agora vamos ao que interessa: Brasil.

Todo banco possui uma reserva de dinheiro para ser sacado pelos correntistas, chamado de depósito (ou reserva) compulsória.
O Banco Central do Brasil vem diminuindo a reserva compulsória dos bancos para colocar mais dinheiro para empréstimo no mercado. Nos últimos dois meses, já diminuiu 70 milhões de reais (45 em Julho e 25 em Agosto). Tudo para aquecer o mercado.

De acordo com a Wikipédia: depósito compulsório é uma das formas de atuação de um Banco Central para garantir o poder de compra da moeda, e, em menor escala, para execução da política monetáriaE ainda: O principal objetivo do depósito compulsório é evitar a multiplicação descontrolada da moeda escritural.

Moeda escritural é a moeda de crédito, ou seja, não é dinheiro impresso, mas sim a "promessa" de uma moeda impressa. Por exemplo, tendo um cheque em mãos, você tem a promessa de que se for no banco X fazer um saque, você receberá seu dinheiro.

Enfim, esses empréstimos são perigosos. Quanto mais se endivida, mais controle eles tem sobre você. Mesmo que não pareça, mas é.

Veremos o futuro.

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Pensamentos...

Ontem eu fui ao cinema com Sergio e Rafael. Fomos assistir o filme No olho do furacão.

Quando no onibus pra irmos embora, começamos a conversar sobre um sonho que Rafael teve com Sérgio, vendo ele morrendo no sonho.Rafael disse que a pessoa do sonho era a mãe do presidente da quadrilha que ele dança. Ela havia morrido e o filho tentou ficar forte até que, quando baixaram ela no buraco e começaram a jogar areia (ou terra) em cima do caixão, ele chorou copiosamente.

Então começou a discussão de se o enterro no chão não era hostil, pois ver a pessoa querida ser enterrada era algo muito triste. Eu dizendo que era natural, afinal de contas a terra precisa dessa carne novamente. Nada de "Do pó veio, ao pó voltarás.", mas como somos seres orgânicos, nada mais justo do que enterrar. Mas essa era minha ideia. Nunca tive um parente próximo (sentimentalmente falando) falecido, então não tenho a experiência de presenciar a morte de pessoas queridas...

Então começamos a falar de outras coisas...
Um crackudo apareceu, enquanto eles me esperavam para irmos ao cinema, pedindo dinheiro. Obviamente nenhum dos dois deu o dinheiro. Um colega do Rafael, que passava por ali, comprimentou-o, foi na venda de salada de frutas, comprou uma e ofereceu ao magrelo usuário de crack. Este recusou várias vezes e disse que queria dinheiro. Mas o colega de Rafael disse que dinheiro não dava e comeu a salada. Uma tristeza, eles disseram.

Sérgio começa dizendo que "se Deus fosse bom, não deixava pessoas boas morrerem" e que "tem um monte de crackudo que fica peranbulando por aí, sofrendo e fazendo as outras pessoas sofrerem, que poderiam morrer de uma vez. São um bando de zumbis e não tem mais ideia do que estão fazendo."

Eu então disse que não era assim, que apesar de estarem desta forma, são humanos e devem ser tratados ou até mesmo receber cuidados, que são nossos irmãos, que infelizmente entraram nessa desgraça e que não é o Estado que tem que resolver alguma coisa, afinal de contas o Estado não resolve nada. Somos nós que temos que mudar para impedir que essas coisas aconteçam, etc. Aquela coisa vaga de sempre sem solução óbvia.

Foi quando Sérgio e eu começamos a divergir em nossas opiniões. Quando isso acontece, eu me silencio e digo a ele: "Já discutimos sobre isso e acabamos brigando. Você tem a sua opinião, eu tenho a minha. Respeito a sua opinião. Não concordo com você, mas como não conseguimos conversar educadamente sobre isso, troquemos de assunto"

Foi nesse momento que algo diferente aconteceu. Olhei para fora do onibus e vi a noite com suas luzes artificiais. Pessoas andando, obviamente, indo a algum lugar. Então veio.

"Por que me preocupar com tanta coisa? Há 25 anos eu não estava aqui e daqui a pouco não estarei também. O mundo vai continuar e eu irei embora."

Ao mesmo tempo que fiquei triste, sorri. Nada nesse planeta importa tanto. Apenas o fato de eu estar vivo é uma comemoração a fazer. Esse corpo é uma mistura de céu e terra e agradeço a todo o pedaço de terra e céu que existe em mim. Sorrir mais e me preocupar menos. Agir mais e pensar um pouco menos. Trabalhar naquilo que gosto sem pensar em dinheiro. Estar mais com meus amigos e amor. Sonhar com um futuro feito por minhas mãos...

Victor Alves Baptista